O QUE É PECADO?
Uma breve observação sobre o que significa “lei moral”
No universo existem dói tipos de leis: Lei moral e lei física. Vou usar estes termos estabelecidos por Charles Finney em sua teologia sistemática, Não pela sua posição teológica e sim pela clareza dele em explicar este conceito.
Lei física não significa necessariamente anatômica, apenas expressa a natureza maquinal desta lei. A lei física é a lei que não precisa ser arbitrada. Por exemplo, se você soltar um ovo no ar, só existe um resultado: o ovo irá cair no chão. Não precisa ser arbitrado. A lei da gravidade é lei física. Ninguém precisa estabelecer uma punição para o ovo caso ele não queira cair. As conseqüências também são físicas, não são negociáveis. Quando o ovo cair, irá quebrar e se perder.
A lei moral é aquela lei que precisa ser arbitrada. Por exemplo, Se eu colocar limites e parâmetros para meus filhos em volta o meu quintal, eu preciso estabelecer uma forma de arbitrar estes limites. Posso então ficar precatando ou colocar alguém rara vigiar. Terei também que informar às crianças o que lhes acontecerá se me obedecerem e o que acontecerá se violarem os seus limites. Algumas conseqüências poderão ser físicas também, mas o resultado do estabelecimento da lei terá que ser arbitrado.
Quando digo que algumas conseqüências poderão ser físicas, quero dizer que pode haver conseqüências que são impensadas, talvez estas conseqüências seja a razão inicial em que conferi os limites. Por exemple, do lado de fora do meu quintal onde eu proibi os meus filhos de andarem possa ter um cachorro bravo. A conseqüência pode ser que sejam mordidos. Eu não faço que isto lhes aconteça por arbitragem. É algo que simplesmente lhes acontecerão.
A disciplina de Deus (e de um pai) é distinta das conseqüências. Disciplina é uma arbitragem legal pela infração da lei. Os homens levam infratores a pagar pelo que fez. Deus nunca fará isto. A disciplina de Deus é simplesmente para que possamos ser corrigidos e conformados a sua lei moral. Isto nos leva de volta ao significado do pecado que estamos analisando neste estudo: Pecado é deixar de si conformar à lei moral de Deus, seja em ato, seja em atitude, seja em natureza
Se observarmos as leis no antigo testamento podemos ver decretos de Deus em relação a pecados que podem ser cometidos por ATOS e outros que podem ser apenas em ATITUDES como em Êxodo
Para quem quiser, o Grudem dá uma lista de trechos para demonstrar este fato:
Êxodo
Mateus 5:22
Mateus 5:28
Gálatas 5:20
Marcos 12:30
Existe o pecado contra a natureza ou o moral da natureza. Existem coisas agridem o propósito natural do qual Deus estabeleceu em nós.
Por exemplo, o ato de fumar não é pecado porque Deus nos ordenou que “não fumemos”. A razão pela qual esta pratica é considerada pecado é porque agride a saúde natural do nosso corpo. Como também é condenada a prática de tomar veneno, ou gasolina, ou si ferir a toa, ou ingressar na prática do Homossexualismo. Algumas destas coisas são mencionadas na bíblia e outras não. Mas sabemos pela própria natureza como certas coisas são pecaminosas.
No estudo que eu fiz e coloquei no meu blog (Restituição), venho arrazoar sobre como perdemos certas coisas da nossa sensibilidade do certo e errado cada vez que somos introduzidos à malícia do mundo.
Você se lembra quando você era uma criança, e você ouvia algo ou via algo que causava um aperto em seu coração, e algo dentro de você acusava que aquela experiência era errada?
Se você conversar com alguém que tem experiência com o mundo da violência; alguém que já matou outra pessoa, eles irão te dizer que a primeira vez em que ela matou alguém ela ficou arrasada. Se olhar nos olhos da pessoa antes de matar, ela sonha com aquele olhar por um tempo. Às vezes a pessoa ouve repetidamente os gritos e os sons que ocorrerem durante o infeliz evento.
Quanto um assassino de mais experiência o consola, este afirma que, com tempo ele se acostumará com isso e matar não o incomodará mais.
A única outra forma de uma pessoa se acostumar com assassinato é através da degeneração da consciência através a mídia e outras introduções a malicia deste mundo.
Estas ocasiões drásticas nos ajudam a compreender o que acontece em nós sutilmente ao longo dos anos. A própria natureza nos acusa quando pecamos contra ela. Ainda temos uma consciência, e esta está sendo atacada a cada dia e o pecado constante contra a natureza está reduzindo a consciência e causando que pessoas (até mesmo cristãos) se conformam mais com o pecado e menos com a lei moral de Deus.
Existem atos e atitudes e existe também a agressão à natureza que Deus nos deu.
A ORIGEM DO PECADO
De onde veio o pecado?
Deus não é culpado por nenhum pecado. Ele nunca pecou e não pode ser culpado. (Deuteronômio 32:4 “Sua obras são perfeitas...”)
Culpar Deus pelo pecado é blasfêmia contra o caráter de Deus.
Foi o homem e os anjos quem pecaram e o fizeram por escolha intencional e voluntária.
Segue alguns pontos a se ponderar:
Não existe um mal que iguala a bondade de Deus. O diabo ou nenhum outro ser pode ser um exato oposto a Ele. Deus é o único em seu gênero eterno. O diabo queria que pensássemos nele como um ser igualmente supremo em sua malicia como Deus é em sua bondade.
A presença do pecado já estava no mundo espiritual, mesmo antes do pecado de Adão e Eva. Os anjos havia pecado antes da queda deles.
O pecado no jardim possui traços típicos do pecado de qualquer ser humano. Primeiro vem à dúvida do que é verdadeiro. “Deus Disse mesmo?”. Segundo, atingiu o moral. A serpente disse para Eva que Deus estava bem, que Deus sabia que se comessem da arvore, seriam como Ele, conhecedores do bem e do mal. Terceiro Eles olvidaram a sua identidade, seres criados debaixo da autoridade e subordinação de Deus. Queria ser “igual a Deus”. Queriam atingir algo que não era de sua natureza.
A DOUTRINA DO PECADO HERDADO
Como o pecado de Adão nos afeta. A bíblia nos ensina que herdamos o pecado de Adão de duas formas.
Culpa herdada: somos considerados culpados por causa do pecado de Adão.
Romanos 5:12 – 14
Corrupção herdada: temos a natureza pecaminosa por causa do Adão.
Salmos 51:5
Salmos 58:3
Algumas pessoas alegam que é injusto que sejamos todos condenados por causa de um homem. Existem 3 argumentos que explicam que realmente é justo.
Mesmo herdando o pecado, a justiça será feita sobre o que cada um comete. Herdamos o pecado, mas somos cobrados os pecados que nós cometemos. Ninguém seja julgado por um pecado de outro. Nós vivemos em um mundo corrupto e a corrupção irá nos trazer conseqüências, mas o julgamento virá pelo que fazemos, não pelas conseqüências que sofremos.
Romanos 2:6
Colossenses 3:25
Se você estivesse no lugar de Adão, você pensa que você não pecaria? Talvez o seu pecado fosse diferente. Mas Adão não era diferente do que os demais homens no seguinte: Ele era tentado a pecar e não resistiu. Não herdamos a tentação, e nem a possibilidade de pecar. Apenas herdamos a culpa, pois Adão, sendo o que introduziu o pecado à humanidade, foi o que cometeu o primeiro pecado. Este argumento ainda é um pouco lógico e não expressamente bíblico.
O argumento mais convincente é o que nos leva a entender à Cristo. Romanos 5:12 – 21. Se não fosse justo o pecado ser introduzido por um homem, também não seria justo e nem válido o perdão e propiciação do pecado através de um homem: Jesus. Deus permitiu que fosse assim por que Ele já tinha o plano de restaurar a humanidade a si, praticando a justiça sobre seu filho, Jesus.
A tendência herdada não significa que o ser humano e o mais perverso possível, apenas que perdemos a nossa capacidade de agradar ao Senhor com pureza. Isto é demonstrado em suas formas:
Na nossa natureza, carecemos totalmente de bem espiritual perante Deus. Somos capazes de fazer o bem a nível físico, mas o nosso espírito não é capaz de ser puro. Romanos 7:18 / Tito 1:15 / Jeremias 17:9 / Efésios 4:18
Nos nossos atos, somos totalmente incapazes de fazer o bem espiritual perante Deus. Em nós falta a capacidade de fazer qualquer coisa que agrade a Deus, e ainda a capacidade de nos aproximar de Deus por nossas próprias forças. Romanos 8:8 / João 15:5/Hebreus 11:16 / Efésios 2:1-2 / João 8:34/João 6:44/
Aplicação prática: Hebreus 3:7-8 Deus nos concede a vontade de nos arrepender, devemos aproveitar rapidamente esta oportunidade e não endurecer o coração. A oportunidade não dura para sempre. Hebreus 3:15
Precisamos buscar a Deus hoje para que Ele nos leva outra vez a nos conformar com a sua lei. Devemos nos aproximar a Deus e buscar a condição para arrepender-nos. Sem que Deus nos conceda o arrependimento, sem que Ele nos dê fé, somo ainda um bando de degenerados que são incapacitados de agradar a Deus.
Imagina! Se o mundo não pode agradar a Deus, o que Deus sente quando Ele olhar para o mundo? Ele não pode deleitar no mundo (apenas naqueles que procuram a abraçar este propósito de arrependimento e não endurecem o coração). Mas deus ama o mundo. Amar o mundo, e não poder se deleitar nele deve causar sofrimento no coração de Deus. Isto O incomodou tanto que Ele ofereceu o seu próprio filho para morrer e ser propiciação para que este mundo possa se reconciliar e se conformar outra vez a lei moral de Deus. Amar a Deus com TODO seu coração (com seus sentimentos e com os tesouros da sua alma), com TODA a sua força (em tudo que você faz e em todo esforço), e com TODO o seu entendimento (toda sabedoria e todo conhecimento devem ser aplicados para engrandecer a Deus). Amar o seu próximo pelo menos como se ama a si mesmo.
O problema é que não amamos a Deus. A verdade é que a igreja hoje tem olhado para Deus como um homem safado olha para uma mulher formosa: Ela quer prazer! A igreja tem praticado lascívia espiritual, desejado Deus pelo seu prazer, mas não tem amado ao Senhor. Eu comentava isto com um amigo em São Paulo e ele me falou uma frase: Prazer sem relacionamento é prostituição. Eu sempre questionei porque Deus permitia que a igreja praticasse lacívia com sua presença. não entendia porque Deus continuaria a se derramar quando as pessoas o buscava apenas pelo prazer. Um dia eu estava num avião com Antonio Cirilo e repiti essa fraze para ele e o que ele me disse ajudou que eu compreendesse porque Deus ainda relacionaria com um povo que estava apenas buscando prazer. Ele (Cirilo) disse: James, não pode ser prostutuição porque nosso relacionamento com Deus é LEGAL. A igreja é a noiva dele, portanto temos direito legal de buscar o prazer de Deus. Isso n~çao significa que a igraja está correta. ainda é lacívia porque somos noiva porém, somos uma péssima noiva. não propomos relacionamento, e sim apenas buscamos o prazer que deus nos propõe. Deus continua a derramar porque ele é BOM NOIVO ainda que sejamos infiéis.
Veja II Timoteo 2:11-13 "Palavra fiel é esta, que se morremos com ele, também com ele viveremos; Se sofremos com, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará; Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo."
Se você quiser ter o prazer da presença de Deus, não o procure em moveres. O procure em relacionamento, senão você será culpado de lascívia contra Deus.
Se nós realmente amamos a Deus, vamos nos incomodar com o que Ele tem sentido ao olhar para um mundo que está incapacitado de agradar a Ele, e levar as boas novas para que pessoas possam voltar a agradar ao senhor através de si conformar a lei moral de Deus.
Não através de grandes moveres como o hipotético mover de adoração (que eu vejo mais como um mover de tentar sentir prazer em Deus, não adorá-lo) e sim através de buscar fielmente e verdadeiramente a agradar a Deus.